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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Quem foi Antônio Torres Galvão

Antônio Torres Galvão nasceu em Goianinha, no Estado do Rio Grande do Norte, a 13 de junho de 1905. Partiu ainda muito jovem para a cidade do Paulista, em Pernambuco, a fim de trabalhar nas fábricas ali instaladas, destacou-se como líder operário e foi eleito presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Têxtil de Paulista e Igarassu. As suas qualidades pessoais, na oratória e nas relações interpessoais, e capacidade intelectual levaram-no às funções de Pastor Evangélico e Juiz do Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco.
Autor de uma obra intitulada: Direito e deveres dos trabalhadores (1949), ressaltou na apresentação a "oportunidade de entrar em contato com a legislação social trabalhista instituída no Brasil após a Revolução de 1930, que, inegavelmente, abriu novas perspectivas às massas trabalhadoras até então relegadas ao esquecimento pelos nossos homens de governo."
O Sr. Torres Galvão fez parte de um momento histórico, tanto para o município do Paulista como para Pernambuco. Pois, o município detinha aproximadamente um parque industrial com quase 20 mil operários. Avalaviado como o maior conjunto de fábricas téxtil da América Latina da época.
Posteriormente foi escolhido pelo Partido Social Democrático (PSD) como candidato a deputado estadual, em virtude da liderança exercida na classe operária, obteve a vitória nas duas eleições que disputou, ocupando uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco nos períodos de 1947/1951 e 1951/1955. No primeiro mandato participou da Assembleia Constituinte e integrou a Mesa Constituinte e, posteriormente a Mesa Diretora, na condição de 2º vice-presidente, até quando, no 2º mandato, foi eleito presidente da Assembleia em 1952.
A morte do governador Agamenon Magalhães, em 24 de agosto de 1952, alçou-o à chefia do Poder Executivo, onde permaneceu até a eleição do novo governador. No seu discurso de posse, referindo-se ao governador falecido, afirmou:
"Governador Agamenon Magalhães: tombaste como o carvalho partido por fulminante raio no meio da floresta. Caíste como a águia nas montanhas rochosas, em pleno vôo ascensional, quando a pátria te acenava para os mais altos remígios. Mas a tua queda elevou mais alto o teu nome nas lides do Brasil e a tua memória ficará indelével no coração da pátria estremecida."
O coroamento da representação popular ocorreu com o projeto, convertido em lei, de desapropriação de cinquenta hectares nas terras da Companhia de Tecidos Paulista, que se transformou na primeira área realmente livre da cidade, posteriormente denominada de "Vila Torres Galvão". Por essa razão recebeu o título de "Libertador de Paulista", tendo sido o primeiro e único operário a governar o estado de Pernambuco.

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